Dia 18 de maio é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. E, para dar mais visibilidade à necessidade de enfrentamento, combate e punição para este crime, a ‘Campanha Maio Laranja’ existe com a proposta de promover discussões e provocar ações de combate. Sob este prisma, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Periferias (SDSP) de Cotia realizou um evento, no Paço Municipal, na última semana, com a presença de servidores públicos e de agentes da sociedade civil e entidades que trabalham na proteção infantil.
A Prefeitura mobilizou pessoas que compõem uma rede de atendimento à criança e adolescente. “São 25 anos de luta no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, juntos por um futuro sem violência. A ‘Campanha Maio Laranja’ é dedicada a romper o silêncio e a proteger a infância”, disse Maria Angélica Gomes Bianco, diretora da Proteção Social Básica.
O crime deve ser denunciado à polícia, órgãos de proteção à infância também devem ser acionados, como Conselho Tutelar, CREAS, entre outros. Denúncias podem ser feitas pelo Disque Direitos Humanos, o ‘Disque 100’. Entre os temas abordados no evento estiveram: o que é violência sexual? Os perigos na internet. Quais os sinais de alerta que os pais e responsáveis devem observar. De quem é a responsabilidade de proteger as crianças? Como agir se algo sobre abuso sexual e exploração sexual ocorrer?
Fizeram uso da palavra a Secretária da Mulher, Neurodiversidade e Inclusão Social de Cotia, Solange Aroeira; a assistente social, Ana Belchior; representante da Casa de Apoio, Cláudia Freitas; representantes do CAPS Infantojuvenil, Bianca Rossini e Lúcia Helena Rossetti; a conselheira tutelar de Cotia, Mara Evangelista de Oliveira, e a representante do Hospital Regional de Cotia, Marina Alves.
O Hospital Regional de Cotia apresentou dados de 2024 que mostram que, ao longo daquele ano, foram realizados 83 atendimentos a vítimas de violência sexual, em 2025, já são 39 e, em 90% dos casos, as vítimas são do sexo feminino. 54% das vítimas estão na faixa etária de zero a 14 anos, 8% entre 15 e 17 anos e 38% acima de 18 anos.
Na rede municipal de Cotia, o CREAS relaciona toda a rede da infância. Atual no rompimento dos ciclos de abuso e exploração sexual na infância. Entre as trágicas consequências para a vítima estão o uso de drogas, crianças e adolescentes em situação de rua, prostituição, quebra do vínculo familiar, adoecimento físico e mental, entre outras.
Matéria por: Secom Cotia